Ágora
Ágora Quando o poema caiu Vi o corte Letras sangrando Vertendo sentidos Formando poça Aos poucos tudo Endurecia Coagulava-se a cor Tempo vibrava seu pranto Em soluços, enquanto O reverso sorria. tania amares Continuar lendo Ágora
Ágora Quando o poema caiu Vi o corte Letras sangrando Vertendo sentidos Formando poça Aos poucos tudo Endurecia Coagulava-se a cor Tempo vibrava seu pranto Em soluços, enquanto O reverso sorria. tania amares Continuar lendo Ágora
Mom If I could give you something It would be the light of a smile That sweet smile of a child You never know I could give you. ‘Cause world is dark, mom And your mind, So so and so sorry, Could never see Your child in me. tania amares imagem Van Gogh Continuar lendo Mom
ático último lance, degrau derradeiro findas as areias, o grão perdido, esquecido águas fora, o resto sou eu tania amares imagem Castelo de Kukulkan – México Continuar lendo Ático
Romanceira Barroca Ar erra o caminho, venta, roda. Em seu rodopio insensato, Nascem sementes, choram. Gira o erro, respira, inala Amor e dói. Vento torce certezas. Medo apertado corrói. Roda, Pandora, roda, faz do Vento, furacão ! Dúvidas caem doídas, mares de muita emoção. Flores, de mãos dadas, cantam. Temem fogo, secas, tempestades. Soa o … Continuar lendo Romanceira Barroca
Poeta diante de meus olhos, fechados um poema me encara mãos na cintura , pose de xícara olhos e sobrancelhas apertados obtuso ângulo ante o vazio desse encontro eu, dentro e fora vejo faz-se o amarelo, pousa sem saber como, brilho tania amares Continuar lendo Poeta
Havia um fio invisível um menino avistável uma menina vidente o meio disso tudo era transparente no fundo, a grande mentira espiava a espuma suja boiando na superfície matéria arredia de um tempo jamais esquecido a leveza da espuma era sonho e desejo o visgo quase marrom formava o substrato do … Continuar lendo Correlato
Habitaria, se assim me permitisses, Teu tempo. Esse que te derruba os cabelos, Enruga a testa, Aperta teu peito. Habitaria, se assim me permitisses, Teus dias e noites, As horas de angústia e de dor. Cantaria, então, Meu acalanto de amor. Se assim me permitisses, habitaria Tua ciência, lógica incompleta, Campo de tuas … Continuar lendo Hábitos
Se fugíssemos assim Seríamos humanos então Não andorinhas em busca De amenidades Se fugíssemos assim Ao encontro das tonalidades Conheceríamos enfim Compassos Há que se aprender na depressão E se rasgar e se ouvir e se tocar Há que se quebrar esse absurdo Exoesqueleto Chegar ao eu Despir o manto do falso … Continuar lendo Fuga
Tanto tempo agora é possível saber o que tinha de ser era mesmo nonada, sertão guerra entre bem e mal unguentos sem limites queimada, inundação, aflição o quase não, não foi será? toda sina deixa de ser menina e pula anula o desejo acaba sozinha sem meios de entender o porquê do começo ou … Continuar lendo Enough
Vem o desejo do entardecer o corpo lascivo distende-se entende a hora do ser e dança eu, pedra, observo espero o tempo da erosão tania amares Continuar lendo Depois do meio dia
Ipseidade Sou assim Aporia de mim Metáfora dilacerante Sou e ressou No tempo Tonalidades do momento Enigma sem chave Distendida entre o que afirma e seu contrário, a negativa Espero teu verso para então Atravessarmos o discurso Teu passo carrega vestígios Do chão de tuas escolhas A duração do meu … Continuar lendo Ipseidade
Não se lembrou que eu fazia aniversário Nem que era fevereiro Talvez quisesse apenas Descobrir o efeito do tempo E viu que passou E viu que morri tantas vezes Disse-me que também morria Senti o que nele doía Quis acolher, quis transferir Se fosse em mim a dor eu saberia doer Tentei dizer … Continuar lendo Austrália
Parto dentro o mar me afoga do lado de fora rolo sozinha na areia pedras, conchas quebradas choque pele rasgada e o rosto enfiado no fundo violência lançada à força no que é aspero na dureza desse outro enorme que joga, joga e larga um corpo que nasce para a morte tania amares … Continuar lendo Parto
Aumenta a temperatura o pai, o filho, a cruz história cravada na mão aberta pés contidos, sangue da ferida escorre o sonho e cai vermelho o sal seca sozinho certa vez, vi o amor morrer na estrada atropelado olhei de novo e o vi na esquina corria, corria apressado vi o amor … Continuar lendo Eco
Bom dia não consegui permanecer tinha mãos sedentas a palavra tão somente pura despregada da fruta dizia apenas a falta tua verde ausência soprando em meu peito ardia meu sonho alçou voo a sombra de ti escondeu-se não era tempo não era teu o meu enredo parti ainda que aqui para restituir-te a … Continuar lendo Bom dia
Veste clara cobre ainda o último fôlego Chama teimosa, resistente Queima o antes, queima o agora Amanhã, amanhã, amanhã, cai o rei Vencido por seus fantasmas Olhos dispersos vasculham os mortos Fincados em lanças na última batalha Nenhuma neurose acerta a ordem do jogo O lobo branco na janela O último gole amarelo … Continuar lendo Vela
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